Supermercados lotaram durante o feriado, com vendas dentro do esperado para o início de
mês no varejo. Nada fora do normal para início de mês, mas suficiente para animar os
empacotadores, como ocorre sempre quando o pagamento de salários irriga a economia
brasileira. No atacado, na última quinta-feira, o mercado tinha movimentação menor em
relação aos outros dias da semana, dentro do esperado em véspera de feriado. O mercado
já dava mostras de que o feriado estava começando quando houve o atentado ao candidato
Jair Bolsonaro. Com razão e pelo impacto que causou ao cotidiano do brasileiro, não se
falou mais em outra coisa. A partir de hoje, vai ser possível
medir melhor o impacto das reviravoltas políticas no dólar e, por consequência, em tudo que
se produz e comercializa no Brasil. Os últimos negócios reportados em Goiás ficaram entre
R$ 110 e R$ 115 e, em Minas Gerais, entre R$ 115 e R$ 120. Tudo depende da cor e da
variedade e, em algumas circunstâncias também, do prazo para pagamento.
Feijão-preto
Os envolvidos no mercado de Feijão-preto estão de olho no dólar tanto quanto os que
exportam. Com a cidade do Rio de Janeiro e a Baixada Fluminense consumindo cerca de
15.000 toneladas por mês, as empresas envolvidas naquele mercado têm acirrada disputa
por esses consumidores que chegam a consumir 24 quilos por ano e, portanto, acima da
média brasileira de 16/17 quilos per capita. Os preços tendem agora a subir como
consequência da oferta mundial e do dólar. Produtores e cerealistas que têm algum estoque
na Região Sul não aceitaram R$ 145 ofertados na quinta-feira por produto tipo 2.
Feijão-rajado
Com oferta limitada, o mercado deste Feijão manteve-se estável semana passada, entre R$
125 e R$ 130 no interior de Minas Gerais. Vem se colocando como boa opção de
diversificação para a Região Sul também. Porém é interessante que o produtor busque ter
contrato de venda firmado para plantar Feijões como Nuance. Já para o plantio dos Feijões
como Realce, a demanda mundial é maior, desde que alcance boa gramagem, ou seja, algo
como 230/250 grãos em 100 gramas.
Fonte: Notícias Agrícolas